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“Temos cumprido nossa missão de contribuir com o aprimoramento da cultura”

É assim que o idealizador do projeto OAB vai à Escola, Eduardo Schernikau Creuz, define o trabalho desenvolvido nestes últimos 14 anos: contribuir para o aprimoramento da cultura. Foi com esta missão que o projeto surgiu em 2001 com a implantação da Comissão OAB vai à Escola e a cada ano leva noções de cidadania a centenas de jovens estudantes do ensino médio das cidades de Blumenau e do Médio Vale do Itajaí. A cada visita nas escolas são feitas quatro palestras com temas distintos: Direito Penal, Civil, Trabalhista e Constitucional. A próxima visita está agendada para os dias 27 e 28 de abril, no CEJA, do Bairro Itoupava Seca, em Blumenau.
O trabalho é feito de forma voluntária por advogados e já foi premiado pela UNESCO. Acompanhe a entrevista.

O senhor foi o precursor da Comissão OAB vai à Escola. Como e quando surgiu a ideia da criação desta comissão? De onde veio a inspiração?
A ideia surgiu em 2001, na gestão do então presidente da Subseção, Dr. Celso Garcia. Foi a partir do trabalho realizado na OAB de Osasco/SP, que depois, em 1999, foi difundido por todo o estado de São Paulo. Aqui em Santa Catarina, fomos os primeiros a lançar a iniciativa.

Por que priorizar palestras a jovens do ensino médio? Quantos adolescentes já foram atendidos durante estes anos de implantação do projeto?

Já apresentamos para os alunos do ensino fundamental também. Mas a experiência nos mostrou um aproveitamento melhor entre os alunos do ensino médio, quando muitos já estão trabalhando e atentos aos seus direitos. Estimo que mais de 40 mil alunos já foram beneficiados.

O projeto atende apenas Blumenau ou também outras cidades da região?
Em nossa Subseção atendemos Blumenau e Pomerode.

Outras OABs já buscaram informações sobre o projeto? Sabes quais cidades já implantaram projetos semelhantes?
Em 2007 fui nomeado pelo Dr. Paulo Roberto de Borba, então presidente da Seccional Catarinense da OAB, presidente da Comissão Estadual do Projeto OAB Vai à Escola, quando passamos a trabalhar na implantação do projeto em todo Estado. Desde então, diversas Subseções, como Gaspar, Indaial, Timbó, Itajaí, Joinville, Tijucas, Lages, Imbituba, Sombrio, Mafra, entre outras, passaram a desenvolver este projeto. Na mesma época também fomos procurados por advogados das Seccionais do Paraná e Rio de Janeiro para saberem sobre nosso trabalho.

Como surgiu a ideia da confecção da Cartilha da OAB vai a Escola? Quem elaborou? Quantos exemplares? Ela já passou por alguma revisão? (ou seja, em qual edição ela está)?
A ideia da cartilha também veio de São Paulo. Na Subseção de Blumenau, sua elaboração teve a participação de todos os advogados. Estamos na terceira edição e sempre procuramos aprimorá-la (Veja aqui). Estimo que mais de 20 mil cartilhas já foram distribuídas na Subseção.

O projeto já foi inclusive premiado. Como foi a condecoração da Unesco? O que isso trouxe de vantagens ao projeto e mesmo à OAB?
Em 2003 a Unesco premiou a OAB de Blumenau e a Comissão OAB Vai à Escola pelas atividades em prol da educação. Acredito que este foi um importante reconhecimento da importância do trabalho e revela que temos cumprido nossa missão institucional de contribuir com o aprimoramento da cultura.

A condução do projeto é feita por advogados voluntários. Como é a adesão dos colegas? 
O trabalho é totalmente voluntário e aberto a todos os advogados. Basta que se inscrevam na comissão e passem a frequentar as reuniões. Do mesmo modo para as escolas. Só participam se quiserem.

O que, na sua avaliação poderia ser melhorar neste projeto? Na sua avaliação, outras comissões da OAB poderiam ajudar em alguma ação?
Acredito que o trabalho sempre pode ser aprimorado. Temos uma preocupação muito grande em levar conhecimentos atualizados aos alunos e de trabalhar com advogados que tenham aptidão para se expressar e falar em público. Sempre recebemos apoio incondicional da Subseção de Blumenau. Com o passar dos anos também as escolas passaram a ser nossas parceiras. Todo ano aguardam o calendário das apresentações para divulgar aos alunos.

Fonte: Contraste Comunicação Inteligente

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