IMG 20150831 132635"Quando se fala em tecnologia devemos pensar que se trata de fazer algo de forma simples, descomplicada e segura, isso é uma solução tecnológica"

Descomplicar. Este é o princípio que norteia o trabalho do recém-criado Grupo de Estudos do Processo Eletrônico. O coordenador do Grupo, advogado João Paulo Meurer, lembra que o espaço de discussão surgiu da necessidade de troca de experiências entre os advogados, especialmente quanto à nova regulamentação do procedimento eletrônico nos Tribunais. Outro item que interessa à discussão é a constante evolução dos softwares, que, em muitas ocasiões, pega os profissionais de surpresa. Acompanhe abaixo, a íntegra da entrevista e participe do Grupo!

Quais são os principais objetivos e metas do Grupo de Estudos do Processo Eletrônico recém-instalado na Subseção?
Sem dúvida é a inserção tecnológica, seja em soluções informatizadas ou de modos operandi do escritório. Processo Eletrônico não é só peticionar e assinar eletronicamente. É necessário termos como metas a análise e debate sobre a regulamentação do procedimento eletrônico nos Tribunais, que pode estar facilitando muito o exercício da advocacia ou dificultando, por isso a conversa se fará presente em nossos encontros. Atingindo um objetivo primário de inserção tecnológica, é interessante trazermos ao grupo mais e mais soluções, sejam de softwares (programas) ou hardwares (máquinas). Faremos vários eventos, que, gradativamente, serão informados.

Com as constantes atualizações de sistemas dos tribunais no que tange ao processo eletrônico, qual seu principal conselho ao advogado militante que encontra três diferentes plataformas (Justiças Federal, Estadual e do Trabalho) para peticionar?
É interessante pensar que os sistemas compõem basicamente hardware (parte física) e software (parte lógica, programas), estão ganhando espaço ou pelo menos precisando de mais espaço, e desses dois (hardware e software) o que evolui mais rapidamente são os softwares (programas) e estes, num geral são mais baratos (a princípio) que os hardwares. É esperado que os programas sejam superados antes das máquinas (hardware), o que mais mexe com nossas cabeças é realmente o software que vive atualizando e nem sabemos por quê. Às vezes não notamos a diferença na atualização e outras vezes levamos um baita susto, pois o programa mudou completamente, o que era difícil ficou mais fácil e vice-versa. Só há uma solução, manter-se atualizado e no caráter mais difícil, o que muda muito, os softwares. Para isso o estudo contínuo, principalmente dos softwares será sempre pauta das nossas reuniões e eventos.

Está agendada palestra sobre gestão de escritório no próximo dia 11, na sede da OAB. Gerir ainda é um enigma para boa parte dos advogados. O que se espera com este evento?
Quando se fala em tecnologia devemos pensar que se trata de fazer algo reduzindo mão de obra e retrabalho, fazer de forma simples, descomplicada e segura, isso é uma solução tecnológica boa. Assim, o ter tecnologia pode consistir em uma forma de pensar, de ver o mundo, de ter um equipamento "dotado de inteligência", algo que se adapte, ou repita tarefas de forma otimizada. Enfim, tecnologia é muito mais que informática, mas a informática é bastante tecnológica, sem dúvida indispensável. Vamos buscar soluções tecnológicas, pensar sobre gerência na advocacia de forma mais tecnológica e autônoma. No caso da palestra, mais voltada ao nosso principal ramo, o da informática, e dentro da informática soluções através de softwares (ou programas) para gestão que serão apresentados, que auxiliam a pensar sobre a gestão, dimensionar essa gestão de forma a facilitar a advocacia no dia a dia. Não me surpreenderei se alguns dos colegas (inclusive eu) se depararem com um ou mais problemas que nem sabiam estar enfrentando no seu escritório, e nesta noite, além de descobrir esse problema que lhe incomoda, teremos pelo menos uma ideia de como solucionar ou amenizar as dores, pois este é um dos objetivos.

A palestra sobre funcionalidades do PDF foi a primeira iniciativa idealizada pelo grupo e desde então o senhor está esclarecendo dúvidas dos advogados sobre o tema? Como são solucionadas estas dúvidas e quem pode participar?
Sim, tivemos a inauguração do Grupo de Estudos do Processo Eletrônico com a palestra sobre PDF. É interessante anotar que o comparecimento dos colegas advogados foi bastante significativo, com mais de 50 presentes, interessante também foi a interação dos colegas. Desde o início da palestra buscamos abrir espaço para que se pronunciem, apresentem suas dúvidas, só assim será possível soluções específicas. Cada um possui um grau/nível de conhecimento, tanto tecnológico quanto de vida, e logo várias dúvidas apareceram, o que tornou a palestra quase um debate guiado. Eu sou sincero em dizer que fui surpreendido por questões que não havia cogitado que seriam feitas. Mas retornando a sua pergunta, continuo esclarecendo dúvidas, através de dicas que são divulgadas por e-mail´s aos participantes da palestra, e respondendo dúvidas mais específicas por e-mail´s. Aproveito o espaço para divulgar o e-mail onde podem pedir esclarecimentos específicos:Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Todos os advogados podem e devem participar. Este grupo/comissão, foi criado pela necessidade dos advogados em trocarem experiências, criar um senso comum na classe quanto as tecnologias nos Tribunais, escritórios e vida pessoal.